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Notícias Pandemias em colisão

***Texto escrito pela Sonia de Castilho, colaboradora da revista Momento Diabetes, e publicado na edição 24. Há muito considerado uma epidemia global, por afetar mais de 463 milhões de […]

Sonia de Castilho | 27/08/2021

***Texto escrito pela Sonia de Castilho, colaboradora da revista Momento Diabetes, e publicado na edição 24.

Há muito considerado uma epidemia global, por afetar mais de 463 milhões de pessoas em todo o planeta, o diabetes agora está na mira da Covid-19, a pandemia que tornou o termo popular. Desde que o mundo passou a conhecer e temer o novo coronavírus, ficaram evidentes a infeliz correlação entre o diabetes (e a hiperglicemia em particular) e o maior risco para complicações da Covid-19.

É importante ressaltar, no entanto, que não há qualquer evidência de que ter diabetes aumente a chance de contaminação pelo coronavírus. Estudos realizados na China e na Itália sinalizam uma prevalência de diabetes entre os pacientes com Covid-19 entre 9% e 12%, percentual similar ao encontrado na população em geral.

O que as pesquisas e dados evidenciam, porém, é que ter diabetes eleva o risco para desenvolver Covid-19 do tipo grave. Ou seja: maior risco de internação, principalmente em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e maior risco de morte, explica o endocrinologista Pedro Saddi, especialista em patologia clínica e medicina laboratorial e diretor da ADJ Diabetes Brasil.

Segundo dados do Centro de Controle de Doenças (CDC) e do Departamento de Saúde de Nova York, nos Estados Unidos, entre 24% e 37% dos pacientes de Covid-19 hospitalizados têm diabetes. No Brasil, o Boletim Epidemiológico Especial do Ministério da Saúde, que contempla os dados da Covid-19 até 18 de julho de 2020, coloca o diabetes presente em quase 31% das mortes registradas. “Os dados variam, mas a maior parte dos trabalhos publicados no mundo até aqui indica que o risco de um indivíduo com diabetes desenvolver a Covid grave seria de 2 a 3 vezes superior ao da população em geral”, afirma Saddi.

O problema é que os mecanismos fisiopatológicos responsáveis por esta evolução mais severa ainda não foram totalmente esclarecidos, lembra a endocrinologista Daniele Tokars Zaninelli, mestre pela Universidade Federal do Paraná e presidente da Associação SEMPR Amigos (Serviço de Endocrinologia e Metabologia do HC-UFPR). A conceituada revista científica The Lancet publicou, em julho, uma revisão analisando perto de 100 artigos sobre o tema. A conclusão? A causa mais provável é o efeito concorrente de múltiplos fatores associados.

Leia mais da matéria na edição 24 da Momento Diabetes.

Fonte: Revista Momento Diabetes nº 24. Confira na nossa loja virtual.

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