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Notícias Crianças e coronavírus: como cuidar da alimentação durante a quarentena?

Foco na alimentação deve aumentar durante período de isolamento. Confira as orientações da Sociedade Brasileira de Diabetes

Redação | 19/03/2020

Crianças e coronavírus: como cuidar da alimentação durante a quarentena?

Com o fechamento de grande parte das escolas privadas e públicas e o aumento exponencial de casos de coronavírus confirmados no Brasil, muitas crianças tiveram de ser afastadas de suas atividades, alterando também a rotina de pais e cuidadores.

Para ajudar as famílias com a alimentação, considerando que durante a quarentena pode existir restrições à prática de atividades físicas, a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) organizou uma série de dicas para facilitar nutrição saudável de crianças com e sem diabetes.

De acordo com a nutricionista Silvia Ramos, coordenadora do Departamento de Nutrição, Exercício e Esportes em Diabetes da SBD, nesses dias atípicos, é de fundamental importância planejar os itens a serem ofertados.

Desta forma, evita-se um erro comum: refeições e lanches com excesso de um grupo de nutrientes e falta de outros importantes para o desenvolvimento infanto-juvenil.

“É fundamental lembrar que as crianças e jovens, independente de terem ou não diabetes, necessitam de uma boa alimentação. Ao considerar este cenário de pandemia, esse cuidado torna-se ainda mais importante, visto que ajuda a manter a imunidade elevada e, nos casos de crianças e jovens com diabetes, evita-se maior vulnerabilidade à Covid-19” afirmou a nutricionista.

 

Hora do lanche

A quantidade de alimentos ofertados deve variar conforme a faixa etária. A especialista lembra que o Ministério da Saúde possui guias orientativos com informações sobre as quantidades indicadas para cada idade e níveis de atividade física. Em casos especiais em que a criança precise de contagem de carboidratos, a orientação nutricional passa a ser baseada na recomendação diária para aquela refeição.

“Com a redução da atividade diária – mesmo que seja a atividade escolar, educação física, aulas extras e brincadeiras fora de casa – as crianças e jovens passam ter uma necessidade menor de alimentos. Por outro lado, a ansiedade com a situação pode gerar vontade de comer e, por este motivo, mesmo sem aulas a rotina em casa deve ser planejada e se possível com a supervisão de um adulto”, complementa a nutricionista.

Durante o preparo e montagem de pratos e lanches, a interação entre adultos e crianças pode auxiliar também na melhor aceitação dos alimentos, socialização dos pequenos e autonomia – além dos potenciais aspectos lúdico e educacional. Para as crianças, é importante que as refeições sejam feitas à mesa e que o momento seja focado na alimentação sem outras distrações.

Silvia aponta ainda a necessidade de atenção a alimentos que parecem saudáveis, mas podem ser pouco nutritivos. É o caso dos bolinhos prontos, biscoitos com ou sem recheio, achocolatados prontos, refrigerantes, sucos de caixinha e salgadinhos.

 

Passo a passo

Alimentos industrializados e ultraprocessados, de modo geral devem ser evitados. Suas formulações, na maior parte das vezes, são ricas em açúcares, gorduras saturadas e aditivos químicos. Por isso, a busca por alimentos naturais deve ser o primeiro passo.

Para facilitar no dia a dia, Silvia aponta que a melhor forma de organização é dividir os alimentos em três grupos:

  • Grupo de carboidratos: fornecem energia e disposição para as atividades rotineiras. Ex: pães, torradas, bolos simples, cereais integrais, tapioca, panqueca, biscoitos integrais, tortas, pipoca, dentre outros;
  • Grupo de proteínas: responsáveis pela formação de tecido e músculos fundamentais para o crescimento. E o caso do leite, iogurte, coalhada, queijos e ovos.
  • Grupo das frutas e hortaliças: possuem alto teor nutricional e ajudam na de saciedade. Além disso, são práticos para transportar e consumir. Ex: Frutas frescas ou secas, tomate, cenoura e pepino.
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