Tecnologias em diabetes são um avanço importantíssimo no tratamento. Elas oferecem oportunidades para melhorar o autocuidado do paciente por meio do autoconhecimento e do empoderamento. No entanto, as novas tecnologias podem ser um desafio para pacientes e médicos, podendo empoderar ou onerar.
Os artigos anteriores que escrevi para a revista Momento Diabetes trouxeram o ponto de vista da psicanalista, mas como diz o título deste texto, hoje quero trazer a minha perspectiva enquanto paciente.
Eu sou a Fabiana, ou Fabi (eu prefiro), fui diagnosticada com diabetes tipo 1 aos 13 anos e sempre me vi como uma paciente em busca da inovação, me considerando quase uma paciente impaciente ou uma paciente consumidora de tecnologia em diabetes.
Meu diagnóstico aconteceu em 1993, quando o tratamento ainda era bastante precário. No entanto, aquele ano também foi transformador, porque foi instituído o protocolo de controle intensivo com o esquema basal x bolus e múltiplas doses de injeções diárias. Essa nova forma de controle implicaria na redução de complicações. Eu me sinto sortuda por ter sido diagnosticada nessa época, embora não estivéssemos nem perto da era tecnológica que vivemos hoje e que você teve o gostinho de ler na matéria de capa.
Para você ter uma ideia, tínhamos pouquíssimas opções de insulina. O acesso à caneta de aplicação de insulina era bem menor, enquanto as restrições alimentares eram muito maiores, e a contagem de carboidratos ainda não existia no Brasil.
Fonte: Revista Momento Diabetes nº 33.
***Texto escrito pela Fabiana Couto, colaboradora da revista Momento Diabetes, e publicado na edição 33.
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