Você certamente já ouviu falar que a pele de quem tem diabetes é mais sensível e sujeita a complicações. Será mesmo? Quando comecei a investigar este assunto junto aos especialistas e parceiros da Momento Diabetes cheguei a uma conclusão: a pele é especial. E, como tudo o que consideramos especial na nossa vida, precisamos cuidar.
O cuidar está muito ligado a prevenir. Se quem ama, cuida, quem cuida, ajuda a prevenir diversos problemas de saúde que podem surgir ao longo da vida. E a melhor forma de evitar alguma coisa é tomando conhecimento sobre ela para depois tomar as decisões certas.
Por exemplo, você sabia que manchas escuras nas axilas ou pescoço, que muitas vezes parecem sujeira, podem indicar um quadro de hiperglicemia? Várias pessoas descobrem o diabetes a partir desse sintoma, mas poucas já tinham ouvido falar sobre a acantose nigricans antes de serem diagnosticadas.
Vamos entender direitinho quais são os impactos da glicemia alta na pele: “Constantes quadros de hiperglicemia causam um estado inflamatório negativo para o corpo inteiro, alterando sobretudo o sistema imunológico. Com isso, a pele é bastante afetada e há risco maior para infecções”, esclareceu a Dra. Patrícia Peixoto, endocrinologista e metabologista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Dr. Wild Cavalcante, médico formado pela Universidade Federal do Pará (UFPA) com especialização em Endocrinologia e Metabologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), acrescenta que é muito comum falarmos sobre o impacto do diabetes para os olhos, coração e rins. “Contudo, muitos desconhecem a pele como um órgão alvo do excesso de açúcar no sangue. Pessoas com diabetes têm uma suscetibilidade maior para desenvolver infecções fúngicas, bacterianas e virais no tecido cutâneo”, disse o médico, que atende principalmente pacientes com diabetes tipo 2 e pré-diabetes.
Fonte: Revista Momento Diabetes nº 32.
***Texto escrito pela Letícia Martins, diretora de redação da revista Momento Diabetes, e publicado na edição 32.
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