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Giro Saúde Ozempic, Wegovy, Rybelsus ou Mounjaro: qual a diferença entre eles?

Semaglutida e tirzepatida: conheça as variações desses hormônios e entenda as diferenças e os benefícios de cada um deles no tratamento do diabetes e obesidade. Por Priscila […]

Momento Diabetes | 06/05/2025

Semaglutida e tirzepatida: conheça as variações desses hormônios e entenda as diferenças e os benefícios de cada um deles no tratamento do diabetes e obesidade.

Por Priscila Horvat*

Ele está na boca do povo: o Ozempic, medicamento criado para ajudar no controle do diabetes, ficou famoso também pelo seu ‘efeito colateral’, que é o emagrecimento. A eficácia do medicamento foi tanta que chegou a ser item disputado e até falsificado no mercado. Mas ele não está sozinho, e divide o pódio dos medicamentos mais comentados com o Wegovy, o Rybelsus e o Mounjaro, outras prescrições que também servem para tratar o diabetes e a obesidade, mas que possuem diferenças na composição, dosagem e apresentação.

Antes de continuarmos, vale ressaltar que Ozempic, Wegovy, Rybelsus e Mounjaro são nomes comerciais de medicamentos que só podem ser vendidos com prescrição médica. Este é um conteúdo informativo para esclarecer as diferenças entre eles e ajudar no entendimento sobre as opões de tratamento disponíveis para o gerenciamento do diabetes, mas não compre nem use nenhum medicamento sem a devida orientação do seu médico.

Dito isso, vamos em frente. Todos esses medicamentos têm como base hormônios incretínicos (substâncias produzidas pelo trato gastrintestinal que regulam o metabolismo da glicose), porém, cada um tem sua particularidade. Mas qual o melhor deles ou qual o mais indicado para cada caso? A Dra. Dhiãnah Santini, mestre e doutora em Endocrinologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), explicou em um vídeo nas redes sociais o que eles têm em comum e as principais diferenças.

“Os medicamentos Ozempic, Wegovy e Rybelsus têm em comum a semaglutida, um análogo do hormônio intestinal GLP-1 [glucagon-like peptide-1]. Já o Mounjaro contém tirzepatida, uma molécula que combina dois hormônios: GLP-1 e GIP [polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose]”. Mas, afinal, qual a diferença entre eles?

* Rybelsus, Wegovy e Ozempic: a semaglutida em diferentes formas

  • Rybelsus: semaglutida em comprimido de uso oral;
  • Ozempic e Wegovy: semaglutida na forma de injeção subcutânea.

“A principal diferença entre Ozempic e Wegovy está na dosagem e na apresentação”, explica a médica. A dose é medida em miligramas (mg).

  • Ozempic: disponível em doses de 0,25 mg, 0,5 mg e 1 mg, é indicado para o tratamento do diabetes tipo 2.
  • Wegovy: além de ter as mesmas doses do Ozempic, também possui apresentações de 1,7 mg e 2,4 mg e é indicado para o tratamento da obesidade.

“Ambos contêm a mesma substância, que inclusive é fabricada pelo mesmo laboratório, mas são aprovados para diferentes finalidades”, detalha a endocrinologista.

* Mounjaro: um mecanismo diferente

Já o Mounjaro (tirzepatida) é um análogo duplo, pois age nos receptores de GLP-1 e GIP, conta a profissional:

  • GLP-1: reduz o apetite e retarda o esvaziamento gástrico, suprimindo a fome;
  • GIP: acelera a queima de gordura no tecido adiposo e ajuda a inibir náuseas.

“Essa combinação faz do Mounjaro um medicamento mais tolerado entre os indivíduos e com maior potência na perda de peso e no controle glicêmico, segundo estudos comparativos (head-to-head)”.

Qual escolher?

Não basta “dar um Google”, perguntar em algum fórum na internet ou questionar amigos sobre a opinião pessoal para ajudar a definir qual será o seu medicamento. A escolha depende exclusivamente das necessidades individuais e da indicação médica. Vale destacar que a tirzepatida já foi aprovada no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e chegou ao mercado brasileiro no primeiro fim de semana de maio.

Para finalizar, a médica ressalta que entende a ansiedade e a pressa para emagrecer, mas que é preciso avaliar as situações, caso a caso. “Com o surgimento da tirzepatida no exterior, mostrando resultados excelentes na perda de peso, há uma busca desenfreada pelo medicamento a todo custo!”, alerta. Porém, é preciso lembrar que, além do custo monetário (que não é baixo!), toda medicação pode ter efeitos colaterais ou, caso seja administrada sem o acompanhamento médico, pode trazer riscos ao paciente.

“É importante esclarecer esses pontos e ficar atento quanto aos riscos de falsificações e origens duvidosa”, principalmente quando o produto aparece com uma promoção (valor) imperdível. A melhor opção, sempre, é contar suas dúvidas e preocupações ao seu médico de confiança e seguir as recomendações do profissional – e não a dieta ou o remédio da moda.


*Priscila Horvat é jornalista com foco em saúde e integra a equipe da Momento Diabetes.

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