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Diário de Bordo Conheça a história do cantor Fernando Torres que tem diabetes tipo 1 há 20 anos

A música deu um novo sentido para a vida do jovem Fernando Pereira Torres, que tem diabetes há quase vinte anos.

| 10/10/2019

Foi no começo da adolescência que Fernando Pereira Torres descobriu na música uma maneira de apaziguar o coração durante os momentos difíceis. “Se tenho algum pensamento ruim, triste, pego o violão, vou para algum canto e começo a tocar e a cantar. Isso me acalma”, afirma o rapaz de 21 anos, que mora em Barueri (SP).

Os pensamentos tristes, muitas vezes, estão ligados às lembranças da perda do pai, quando Nando ainda era um bebê, da madrinha e da mãe, quando ele tinha 17 anos. “A música me ajudou a sobreviver a essas perdas e a partir dela pude realizar o meu maior sonho, que foi conhecer o Peter ‘Peavy’ Wagner pessoalmente”, conta o jovem, referindo-se ao cantor alemão de heavy metal fundador da banda Rage.

Fã de rock, Nando ganhou o primeiro violão aos 12 anos e se apresentou em festas de aniversário, escolas e igrejas. Ele deseja seguir carreira como músico, mas sabe que para isso é necessário muito estudo, dedicação, estudo e, no caso dele, um cuidado especial com a saúde. “Tenho diabetes tipo 1 (DM1) desde os dois anos, então preciso fazer tudo direitinho, manter a rotina do tratamento para não ter problema. Nunca tive uma hipoglicemia tocando e não quero correr esse risco”, diz.

O jovem faz quatro aplicações diárias de insulina e afirma que não teve dificuldade em aceitar a condição. “Alguns amigos meus receberam o diagnóstico com 10, 16 e 20 anos e não conseguem se adaptar às medições de glicemia e injeções de insulina. Tento ajudá-los do jeito que eu posso, já que nunca tive problema em aceitar o diabetes, pois ele sempre fez parte da minha vida”, conta. Fernando teve um boa professora: aprendeu com a mãe, que também era DM1, a importância de manter a glicemia controlada.

Hoje, o músico busca conhecimento com especialistas em centros médicos, em eventos como o Piquenique Azul, realizados na capital paulista e em colônias de férias para pessoas com diabetes. “Nos eventos, conheço muita gente que tem a mesma doença que eu e sabe o que vivo no dia a dia. É muito legal. Aprendo muito”, declara. Enquanto a fama não chega, Nando segue cantando e sempre muito bem acompanhado com seu violão.

 

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