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Notícias Diabetes: tipos, sintomas, tratamento e prevenção

18% das pessoas com diabetes simplesmente não sabem se são tipo 1 ou 2. Ter essa informação faz toda a diferença no tratamento. Entenda o porquê.

Letícia Martins | 23/07/2019

Segundo a Federação Internacional de Diabetes, cerca de 14 milhões de brasileiros vivem com o diabetes. O número, porém, cai pela metade quando se trata da quantidade de pessoas que tem conhecimento da condição ou que procuraram ajuda médica.

O diagnóstico tardio, então, compromete o tratamento e aumenta os riscos de complicações. Por este motivo é fundamental que a população em geral faça o exame glicêmico pelo menos uma vez por ano.

Além disso, é importante saber que existem diferentes tipos de diabetes, cada um com diferentes terapias já que os sintomas e os medicamentos podem variar. Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) com 145 pacientes com diabetes revelou que 18% deles simplesmente não sabem se são tipo 1 ou 2 da doença. Se você ou alguém que você conheça tem essa dúvida, vamos te ajudar!

 

ABC do Diabetes

Para começar, a endocrinologista Denise Costa, do Hospital Barra D’Or, do Rio de Janeiro, explica que: “O diabetes tipo 1 acontece quando o pâncreas não é capaz de produzir o hormônio insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo , ou quando este hormônio não é capaz de agir de maneira adequada quando se trata do tipo 2”.

 

Diabetes tipo 1

Assim, o pâncreas da pessoa com diabetes tipo 1 (DM1) produz pouca ou nenhuma insulina, pois suas células sofrem o que chamamos de destruição autoimune. Por isso, a pessoa com diabetes tipo 1 necessita de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais.

Quando se trata deste tipo de diabetes, o diagnóstico ocorre geralmente em crianças ou adolescentes previamente saudáveis e muitas vezes sem histórico familiar. Mas há casos em adultos também.

Entre os sintomas estão:

  • Urinar excessivamente
    • Beber bastante água
    • Sentir muita fome além do normal
  • Perder muito peso, mesmo comendo bastante.

 

Diabetes tipo 2

Enquanto isso, o diabetes de tipo 2 é mais frequente em pessoas com idade acima de 40 anos ou em pessoas obesas, embora, atualmente, apresente-se também em jovens e até adolescentes, em virtude de maus hábitos alimentares, sedentarismo e estresse da vida urbana e representa 90% dos casos de diabetes.

Nessas pessoas, o pâncreas ainda fabrica insulina, porém sua ação é prejudicada por algum motivo, quadro chamado de resistência insulínica e seu tratamento pode incluir medicamentos orais e, em algumas situações, aplicação de insulina.

Neste caso, os sinais são silenciosos e podem ser percebidos quando o diabetes já está em estágio avançado.

Alguns dos sintomas são:

  • Urina em excesso
    • Muita sede e, consequentemente, vontade de beber bastante água
    • Aumento do apetite
    • Perda de peso
    • Cansaço
    • Vista embaçada
    • Infecções frequentes, especialmente na pele.

 

Diabetes gestacional

Este tipo de diabetes pode ocorrer em qualquer mulher saudável durante a gravidez, entretanto, alguns fatores facilitam o desenvolvimento deste tipo de diabetes, por exemplo a idade materna avançada, o ganho de peso em excesso durante a gestação, sobrepeso ou obesidade, históricos de partos de bebês grandes (mais de 4 kg), hipertensão arterial e gestação de gêmeos.

Quando se trata do diabetes gestacional, o tratamento pode variar de pessoa para pessoa, mas o controle de peso permanece sendo a maior recomendação e, apesar deste tipo de diabetes desaparecer após o nascimento do bebê, é recomendado que a mãe redobre a atenção a sua saúde, para não desenvolver o tipo 2.

Na 17 º edição da Momento Diabetes, preparamos uma matéria especial sobre o diabetes gestacional.  Adquira clicando aqui.

 

Tratamento, diagnóstico e prevenção

De forma geral, em todos os casos, é essencial a adoção de hábitos saudáveis e a deixa do sedentarismo, exercitando-se com regularidade.

Lembrando que exames de sangue podem detectar o diabetes, e caso exista elevação da glicose (açúcar no sangue), exames adicionais devem ser realizados para confirmar o diagnóstico, desta forma, fazer consultas médicas e exames periodicamente fazem parte do autocuidado.

O diabetes tipo 2 pode ser evitado com uma melhora no estilo de vida, baseado na prática de atividade física regular, na adesão de hábitos alimentares saudáveis, por exemplo, com o aumento de fibras na dieta e a partir do controle de peso.

No caso do tipo 1, o tratamento e os bons hábitos ajudam a prevenir as complicações e manter a glicemia sob controle, evitando transtornos.

No final das contas, o melhor tipo de diabetes é o controlado, e com informação e cuidado é possível reverter o cenário de aumento de casos.

 

Texto adaptado por Sarah Almeida

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