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Tratamento Novas armas para o tratamento

Insulina semanal, pílulas e um relógio que mede a glicose. Conheça os aliados que poderão ajudar você a vencer a batalha diária contra a glicemia alta.

Sonia de Castilho | 21/05/2021

***Texto escrito pela Sonia de Castilho, colaboradora da revista Momento Diabetes, e publicado na edição 27.

A descoberta da insulina, há 100 anos, foi seguramente a principal inovação tecnológica no tratamento do diabetes de todos os tempos. Mas não foi a única. Desde então, muitas outras ferramentas surgiram para melhorar o controle glicêmico e o dia a dia dos pacientes. Agulhas micros, canetas de aplicação, bomba de infusão de insulina, monitores de glicemia, medicamentos orais, insulinas análogas. Hoje, existe um verdadeiro arsenal que permite cada vez mais aprimorar e individualizar o tratamento.

E as novidades não param. Até porque, por ser tão prevalente no mundo, o diabetes é um mercado extremamente atraente e lucrativo. Segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF na sigla em inglês), os gastos com diabetes no planeta somaram U$ 760 bilhões em 2019 – nada menos do que 10% das despesas globais na área de saúde.

Os futuros lançamentos e promessas incluem medicamentos em novas vias de administração ou com outros esquemas terapêuticos e até uma maneira diferente de aferir a glicemia. “As inovações servem para ampliar as possibilidades que estão à disposição da parceria médico/pessoa com diabetes”, afirma o endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto (SP). Como lembra o especialista, adesão é a palavra-chave: quanto mais alternativas terapêuticas disponíveis, maior a possibilidade de adesão daqueles que ainda não atingiram o bom controle.

Para a endocrinologista Denise Reis Franco, educadora em diabetes e pesquisadora do Centro de Pesquisas Clínicas (CPClin), os novos produtos aumentam os recursos para o controle não apenas da glicemia, mas também das complicações e comorbidades, como doença cardiovascular, obesidade e doença renal.

As inovações podem trazer benefícios até para quem fez ou tem indicação para realizar cirurgia metabólica. “O ideal é juntar as formas terapêuticas de abordagem”, defende Ricardo Cohen, diretor do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, na capital paulista, lembrando que diabetes e obesidade são doenças crônicas e progressivas e, portanto, devem ser tratadas crônica e progressivamente. “Novas medicações e tecnologias são bem-vindas porque o objetivo sempre é conseguir o melhor desfecho para o paciente”.

Contudo, por mais que surjam novidades no tratamento, não há mágica na hora de controlar o diabetes. “Nenhuma dessas inovações fará o paciente deixar de pensar no diabetes, de se preocupar com o medicamento, a alimentação, a atividade física, a monitorização”, ressalta Dr. Couri. Pouco adianta ter a melhor insulina, o melhor medicamento, o melhor dispositivo para leitura de glicemia se a pessoa não souber o que fazer com essas ferramentas. “Importante mesmo é associar a tecnologia à educação, para que o resultado venha”, completa Dra. Denise.

Leia mais da matéria na edição 27 da Momento Diabetes.

Fonte: Revista Momento Diabetes nº 27. Confira na nossa loja virtual.

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