Gabriela Cavicchioli, enfermeira do Instituto Brasileiro de Tecnologia em Diabetes (IBTED), explica que lipohipertrofia é o acúmulo de gordura em locais frequentemente usados para injeções, formando nódulos endurecidos sob a pele, visíveis ou palpáveis.
“O tecido da pele com lipohipertrofia sofre lesões fibrosas e fica endurecido porque recebe sangue insuficiente. Isso ocorre com pacientes que aplicam injeções frequentemente no mesmo local, como é o caso de pessoas com diabetes que usam insulina”, disse.
E o que acontece quando a insulina é aplicada numa região que tem lipohipertrofia? Nem todos os pacientes vão sentir dor, mas o problema maior é o impacto na absorção do hormônio. “O tempo de ação da insulina fica comprometido. Muitas vezes, o paciente acaba aumentando a dose de insulina, porque acha que ela não está agindo adequadamente, mas, na realidade, o tempo de absorção do hormônio é que ficou mais lento”, esclarece Gabriela. Em geral a absorção é insuficiente e a glicemia sobe. “A maior consequência da lipohipertrofia é o descontrole da glicemia”, aponta a educadora em diabetes.
Fonte: Revista Momento Diabetes nº 32.
***Texto escrito pela Letícia Martins, diretora de redação da revista Momento Diabetes, e publicado na edição 32.
Leia mais: Descanso para a barriga: como evitar a lipohipertrofia