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Gabriel Schon Uma história de amor e parceria no diabetes

Prepare-se, pois esta é daquelas que fazem cair um cisco no olho, deixando-o levemente molhado.

Gabriel Schon | 12/06/2018

Uma história de amor e parceria no diabetes

Foto: arquivo pessoal dos entrevistados

Você está pronto para mais uma história de amor? Prepare-se, pois esta é daquelas que fazem cair um cisco no olho, deixando-o levemente molhado. Cisco? Ahan!

Otacília Cravo (foto), de 74 anos, e Mário Cravo (foto), 72, são casados há três décadas e meia. Em 2010, uma doença afetou o pâncreas de Otacília, fazendo-o parar de produzir insulina. Ela, então, começou o tratamento do diabetes. A boa notícia é que ela não estaria sozinha nesta jornada, pois naquele momento nascia também um novo DM3, o marido Mário.

Mário mergulhou no assunto e passou a acompanhar Otacília em todas as consultas médicas. Endocrinologista, oftalmologista, podólogo, nutricionista… A lista era grande! Ele criou até uma planilha para registrar todos os cuidados diários que envolviam o diabetes. Quando a planilha começou a complicar mais do que ajudar, testou outros métodos. Comprou um diário, baixou alguns aplicativos no celular e escolheu um para ajudá-los.

Os dois aprenderam a contar carboidratos da alimentação e corrigir a glicemia sem muito estresse. Como as refeições não variam muito (café e jantar são os mesmos quase todos os dias, por exemplo), a contagem de carboidratos não foi difícil e deu um pouco mais de autonomia para Otacília, que precisava sempre do marido para calcular tudo. Hoje, Mário pode sair de casa tranquilo, pois se for preciso corrigir a taxa de glicose no sangue, a esposa saberá como fazer. É claro que vez ou outra falha e a glicemia fica um, m pouco mais alta ou mais baixa. Em vez de ficar chateado ou desistir do tratamento, Mário decidiu usar essas experiências como combustível para aprender mais, afinal, as melhorias vêm com o tempo, não é mesmo?

No começo, hipoglicemia noturnas eram frequentes, hoje, são raras. Foi o tempo também que ensinou Mário a notar as mudanças de comportamento quando Otacília entrava em hipo. Por exemplo, certa noite, ele acordou ao ouvir uma respiração ofegante e percebeu que a mulher suava muito. Ele acordou a esposa e sugeriu que ela medisse a glicemia. O glicosímetro mostrou que a taxa de glicose estava baixa, o casal fez a correção e voltou a dormir.

Inspiradora a história do Mário e da Otacília, não? Agora, enxugue as lágrimas e nos vemos na próxima edição da Momento Diabetes.

Autor: Gabriel Schon Moreira tem 29 anos, casado com DM1 e filho de DM2. Formado em ciências sociais, tem dez anos de experiência como gerente de projetos e consultoria de performance. Atualmente dedica-se ao desenvolvimento de softwares que possam melhorar o dia a dia de quem tem diabetes.

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