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Alimentação O que comer no frio sem comprometer o diabetes

Com algumas estratégias simples dá para se alimentar bem no frio e manter a glicemia em ordem. Confira as orientações de uma nutricionista e educadora em diabetes.

Bianca Fiori | 28/08/2019

O que comer no frio sem comprometer o diabetes

Ensopados, cremes, massas, feijoada e fondue fazem os olhos se arregalarem e a boca salivar. Mas é preciso cuidado, pois tanto o carboidrato quanto a gordura, cujo teor costuma ser alto nessas receitas, fazem a glicemia ir às alturas.

Quando as temperaturas caem, é normal sentir que a fome aumenta e logo bate aquela vontade de tomar uma sopa quentinha. Isso não é apenas uma sensação. Nos dias gelados, o apetite realmente é maior, porque o corpo gasta mais energia para se manter aquecido e, por esta razão, o desejo por alimentos calóricos pode nos dominar.

Comer com moderação, dosar as porções dos alimentos e contar carboidratos corretamente garante corpos aquecidos, fome saciada e o diabetes sob controle.

Na 5ª edição da Momento Diabetes, a nutricionista clínica Fabiana Yetto Gaspar Cristillo, educadora em diabetes e pesquisadora do Ambulatório de Neurologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explica que é possível comer bem no inverno sem sofrer com os picos glicêmicos.

“Frutas, verduras e legumes crus não apetecem o paladar nessa estação por serem frios, mas há outras maneiras de consumir esses alimentos de forma que eles nos aqueçam e continuem apetitosos. Tomar uma sopa de legumes ou comer uma massa acompanhada por uma verdura refogada bem quentinha são algumas opções”, disse a nutricionista.

 

Trocando ingredientes

Segundo Fabiana, fazer substituições saudáveis minimiza o teor de carboidrato dos pratos sem comprometer o sabor. No lugar da batata inglesa, por exemplo, a dica é utilizar abóbora ou batata yacon, que têm amido resistente e ajudam no controle glicêmico. Usar biomassa de banana verde nas preparações caseiras é outra boa pedida, pois “banana verde tem ação probiótica que estimula o crescimento das bactérias do bem que ficam no intestino”, esclareceu.

É importante lembrar também que as massas integrais interferem menos na glicemia do que aquelas feitas com farinha branca e quando combinadas com porções proteicas (carne, peixe ou frango) e/ou com verduras refogadas, como escarola, espinafre, brócolis e almeirão, são excelentes opções.

O segredo, revela Fabiana, é a combinação dos nutrientes. “Diabético não tem que restringir os alimentos, mas precisa saber harmonizar e equilibrar os nutrientes com criatividade”. Porém, se o desejo de comer uma deliciosa feijoada ou saborear uma fondue tradicional, de queijo, carne ou mesmo chocolate for grande, não é obrigatório passar vontade. A nutricionista orienta que tomando a medicação e/ou a dose de insulina corretamente e fazendo a contagem de carboidratos direitinho, é possível se saciar sem descontrolar o diabetes.

 

Maneire na porção

Outro conselho importante é redobrar a atenção em relação à quantidade de gordura dos alimentos, que pode interferir no controle glicêmico até 6 horas depois do consumo.

Quem usa bomba de insulina precisa colocar o bolus duplo ou aplicar a insulina duas vezes com a caneta.
Também vale lembrar que a maior dica para aqueles que vivem ou não com o diabetes é não exagerar no tamanho da porção, que varia de pessoa para pessoa e conforme o tipo de alimento. Para saber sua quantidade ideal de alimentos, use como medida as próprias mãos:

• Massas em geral, incluindo pães – equivale a um punho fechado
• Proteínas (carnes, peixes e aves) – meça pela palma da mão aberta
• Açúcares e gorduras, como óleo e azeite – igual ao tamanho da ponta do dedo indicador
• Queijos – a medida da fatia deve ser do tamanho dos dedos médio e indicador juntos
• Vegetais e legumes – considere suas duas mãos abertas e juntas
• Frutas – tem que ser do tamanho da palma de uma mão em forma de concha

 

Imagem: freepik

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