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Tratamento O lado B da tecnologia em diabetes

***Texto escrito pela Fabiana Couto, colaboradora da revista Momento Diabetes, e publicado na edição 29. Se você está pensando em mudar seu tratamento, a primeira coisa que precisa saber […]

Fabiana Couto | 05/11/2021

***Texto escrito pela Fabiana Couto, colaboradora da revista Momento Diabetes, e publicado na edição 29.

Se você está pensando em mudar seu tratamento, a primeira coisa que precisa saber é que a tecnologia não faz milagre e não é uma opção mais “fácil” ou “automática”. É preciso ter preparo emocional e conhecimento para que ela realmente possa melhorar a sua vida e/ou a do seu filho com diabetes.

O diabetes, seja qual for o tipo, é uma condição bastante complexa, especialmente para quem usa insulina. Por isso, no dia a dia, podemos nos cansar de buscar o controle glicêmico, muitas vezes sem obter bons resultados.

A tecnologia veio ajudar no tratamento do diabetes e, desde a descoberta da insulina há 100 anos, ela já evoluiu muito. No entanto, como tudo na vida, existe o outro lado da moeda, isto é, se você não se compreender, poderá inclusive sabotar o seu tratamento.

Um estudo do Journal of Diabetes Science and Technology, realizado em novembro de 2018 com uma base de 1.498 pacientes com diabetes tipo 1, constatou o perfil e o nível de prontidão emocional dessas pessoas em relação à tecnologia.

Após a aplicação de questionários e entrevistas, cerca de metade da base foi classificada pelos pesquisadores como “pronta” para a tecnologia, pontuando alto em questões que indicavam afirmações como: “a tecnologia veio para tornar a minha vida mais fácil e me trazer mais liberdade” e “eu tenho sorte de viver em um tempo que existe tecnologia em diabetes”.

Já os outros 50% participantes do grupo foram considerados não preparados ou ainda não totalmente preparados para a tecnologia em diabetes, pontuando alto em afirmações como: “fico nervoso ao pensar que o dispositivo pode deixar de funcionar”; “não gosto de dispositivos para diabetes porque as pessoas os notam e fazem perguntas sobre eles”; “não gosto de ter dispositivos no meu corpo” e “não quero mais informações sobre meu diabetes”.

Assim, para os pacientes do segundo grupo, a pesquisa orienta que é preciso um trabalho ainda no contexto da aceitação e do planejamento à adesão de uma nova tecnologia para que a estratégia seja realmente bem-sucedida.

Eu vejo muitas pessoas e pacientes da minha prática na psicanálise, em especial mães com diagnóstico recente de seus filhos, superatentas à última tecnologia, e acho isso ótimo, pois é sinal de que estão buscando soluções e alternativas diante da nova condição.

Porém, percebo que se essa inserção tecnológica é precipitada, o resultado acaba não sendo o melhor possível e pode gerar uma resistência àquele recurso. A questão é: ninguém é igual a ninguém e o que funciona para um pode não funcionar para outro, afinal pessoas são únicas, têm diagnósticos em diferentes idades, contextos emocionais e financeiros. Então, saber o momento certo para todos, em especial para a pessoa que irá usar a tecnologia, é fundamental.

Leia mais da matéria na edição 29 da Momento Diabetes.

Fonte: Revista Momento Diabetes nº 29. Confira na nossa loja virtual.

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