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Tratamento Motivos da queda de glicemia durante a noite

A queda de glicemia no sangue durante a noite é o verdadeiro bicho-papão de quem convive com diabetes ou de pais de crianças que têm a disfunção. […]

| 08/01/2018

Motivos da queda de glicemia durante a noite

A queda de glicemia no sangue durante a noite é o verdadeiro bicho-papão de quem convive com diabetes ou de pais de crianças que têm a disfunção. Muitos deles acordam diversas vezes para verificar se o filho está bem e medir a glicose.

A preocupação faz todo o sentido, afinal o risco de hipoglicemia é maior no período da noite até o amanhecer. Isso se deve a alguns fatores, como pular refeições durante o dia, não jantar ou cear, praticar atividade física no período vespertino ou noturno sem os devidos cuidados, ou mesmo fazer uma supercorreção de glicemia ao deitar quando ela está mais alta.

Quando os níveis de glicose no sangue caem abaixo de 70 mg/dL, o corpo geralmente emite sinais indicando que algo não está legal. Tremores, fraqueza, fome, suor frio, irritabilidade, nervosismo, coração acelerado, confusão mental e agressividade são os principais. No entanto, durante o sono, é muito difícil identificá-los, principalmente se o paciente é criança. Há, ainda, quem apresente sintomas diferentes enquanto dorme, como pesadelos e sono agitado, e não associa esses sinais à hipoglicemia.

Segundo o endocrinologista João  Salles, acordar diversas vezes à noite para medir a glicemia ou por causa de um hipo não é saudável e pode indicar que o controle glicêmico não está bem. Ele recomenda procurar ajuda médica para fazer ajustes no tratamento. Geralmente, o primeiro passo é observar o comportamento da glicemia em três momentos: na hora de dormir, no meio da madrugada (entre 2 e 3 horas da manhã) e no jejum da manhã seguinte.

A dose de insulina basal da noite, que possui um tempo de ação mais longo, deve atender às necessidades da pessoa do período noturno (até às 4 horas) até o amanhecer (entre 4 e 8 horas da manhã). No tipo 2, a indicação do uso de insulina NPH pode ser interessante para ajustar a terapia. “Há pacientes com diabetes tipo 2 que adotam a insulina por um determinado tempo, para atingir o controle, e depois param de usar. Isso é bastante comum e serve para derrubar o mito de que a insulina é o último estágio do tratamento”, explica Salles.

O tipo de insulina varia de pessoa para pessoa. Algumas podem ficar bem com a NPH, por exemplo, que possui o máximo da sua ação seis a oito horas após a aplicação, enquanto outras não apresentam grandes variações na ação do medicamento durante o sono. Sendo assim, para essas, as insulinas basais planas são mais adequadas. O importante, garante o endocrinologista, é cada um buscar orientação médica e fazer os ajustes necessários no tratamento para alcançar o controle glicêmico e ter mais qualidade de vida.

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