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Giro Saúde Insulina, 99 anos de existência

Há 99 anos, nascia um dos experimentos mais revolucionários do mundo, que salvou e salva milhares de vidas diariamente: a insulina.

Da Redação | 27/07/2020

Há 99 anos nascia um dos experimentos mais revolucionários do mundo, que salvou, e salva, milhares e milhares de vidas diariamente: a INSULINA!

No dia 27 de julho de 1921, o médico canadense que atuou na 1º Guerra Mundia, Frederick Banting, e seu aprendiz, o estudante de medicina, Charles Best, conseguiram isolar o hormônio da insulina pela primeira vez. As pesquisas e experimentos para aprimorar o hormônio eram realizadas no laboratório do professor de fisiologia John J. R. MacLeod.

Banting e Charles testaram o hormônio, extraído do isolamento da secreção interna pancreática, em cães. Após obterem sucesso sentiram-se encorajados a testar o hormônio pela primeira vez em humanos. O fato ocorreu no dia 11 de janeiro de 1922, no jovem de 14 anos, Leonard Thompson. Leonard encontrava-se em estado crítico devido ao diabetes.

O jovem pesava apenas 30 Kg e tinha pouco tempo de vida. Entretanto, a primeira aplicação do “milagroso” extrato pancreático não foi bem sucedida. Os 15 ml de insulina injetadas em Leonard não reduziram a sua glicose nem os corpos cetônicos em sua urina, além de provocar diversos efeitos colaterais. Diante desse fato, o biólogo James Colip, juntou-se ao time de Banting e purificou o extrato pancreático, diminuindo assim seus efeitos colaterais.

Após esse feito, a solução foi novamente introduzida no jovem Leonard, dessa vez obtendo resultados positivos. Leonard, teve uma nova chance de vida e viveu até os 27 anos, falecendo de outra doença que não tinha nenhuma relação com o diabetes.

A descoberta da insulina rendeu ao grupo de estudiosos o prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia em 1923.
Ainda em 1923 a insulina passou a ser produzida e comercializada em larga escala após um acordo com a Eli Lilly and Company of Indiana. A primeira insulina a ser comercializada foi a regular ou insulina “R”.

Em 1926, o farmacólogo americano, John Jacob Abel, do Johns Hopkins Hospital, em Baltimore, cristalizou a insulina, e ela passou a ser reconhecida como hormônio proteico. As primeiras insulinas eram extraídas de animais. Como as insulinas eram até então de ação rápida, os pacientes e seus familiares se queixavam muito por conta das diversas injeções diárias.

Em 1930, o químico dinamarquês, H.C. Hagedorn, conseguiu prolongar a ação da insulina adicionando à ela protamina. Em Toronto, no Canadá, os pesquisadores, Scott e Fisher, conseguiram prolongar a ação da insulina ainda mais adicionando zinco na composição. Essas descobertas levaram à introdução de insulina de animais de ação longa no mercado.

A insulina de zinco com protamina durava de 24 a 36 horas no organismo. Atualmente, temos insulina super modernas, tanto basal quanto de ação rápida e ultrarrápida, como a FIASP. Além de termos até insulina inalada.

Mas vale lembrar que nada disso teria acontecido se não fosse aquele feliz 27 de julho de 1921.

Referências:
https://www.diabetes.org.br/publico/colunas/24-dr-antonio-carlos/91-insulinas-passado-e-presente
https://www.nobelprize.org/prizes/medicine/1923/banting/facts/
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302008000200014&lng=pt&nrm=iso

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