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Diário de Bordo Ana Célia Frolini conta a história do diagnóstico da filha Catarina

A descoberta da disfunção muda a rotina familiar, mas com o tratamento certo, acompanhamento médico e muito carinho, a criança pode crescer saudável e feliz.

Letícia Martins | 20/03/2018

Ana Célia Frolini conta a história do diagnóstico da filha Catarina

A empresária Ana Célia Ariza Frolini, de São Paulo, abriu o coração e contou para a Momento Diabetes como foi receber a notícia de diabetes tipo 1 da filha Catarina Frolini, de 10 anos, diagnosticada há 01 ano e 5 meses. A história delas não é muito diferente de milhões de pessoas que recebem o diagnóstico, mas emociona de forma especial, porque aprenderam a superar os desafios com o apoio dos amigos. Confira:

Momento Diabetes: Como vocês descobriram o diabetes da Catarina?
Ana Célia Frolini: A descoberta do diagnóstico da minha filha foi um choque. Minha vida mudou drasticamente, do dia para a noite. Catarina apresentava muita fraqueza e todos os exames que eram feitos davam negativo. Demorou para sair o diagnóstico de diabetes tipo 1 (DM1). Ela ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, por cinco dias, onde iniciou o tratamento com aplicação de insulina.

O sentimento de uma mãe quando recebe um diagnóstico como esse é de muita dor, mas aos poucos vamos gerenciando a realidade e percebendo que a vida continua e deve ser da melhor forma possível.

Momento Diabetes: O que ajudou vocês a superar a fase inicial?
Ana Célia Frolini: O que nos ajudou muito foi o apoio de verdadeiros amigos. Nessas horas que constatamos quem realmente são nossos amigos e parceiros. Tive três pessoas especiais no início do tratamento e sou muito grata a cada uma delas. Uma superamiga minha, a Ana Lúcia, da época do colégio, que tem uma filha com DM1 também, foi a primeira a colaborar nessa nova etapa. Ela esteve presente comigo já na UTI com sua amizade verdadeira e ensinamentos valiosos.

A segunda pessoa importantíssima foi a enfermeira e educadora da Catarina, a Paula Pascali. Com apenas dois meses de diagnóstico, mudamos para a terapia de bomba de insulina e foi aí que a Paula entrou em nossas vidas com toda dedicação e ensinamento. Ela aconselhou a Catarina a ter contato com outras crianças com o mesmo diagnóstico e isso fez a diferença para nós.

Nesta fase apareceu outro anjo da guarda: a nutricionista Martha Amodio, com sua encantadora filha Maria Clara, por intermédio da Carol Naumann. As meninas viraram superamigas e nós mães também! Hoje em dia damos muitas risadas juntas! Aliás foi a Martha que me aconselhou uma consulta com a endocrinologista Denise Reis Franco e aí foi amor à primeira vista! A Dra. Denise é uma profissional muito dedicada e humana. Junto com ela veio a tão dedicada Juliana Baptista, outra excelente profissional que nos ajuda de montão. Aí o time ficou completo!!!

Faço parte de um grupo de mães que divide experiências, frustrações e conquistas. Hoje nosso leque de amizade cresceu muito. São pessoas com as mesmas dificuldades que se unem para um bem comum. Tudo isso ajuda a superar e, claro, alimentar muita esperança por dias melhores.

Momento Diabetes: Você comentou que a Catarina usa bomba de infusão de insulina. Como é essa experiência?
Ana Célia Frolini: Sim, a Catarina está usando a bomba 640 da Medtronic, que colabora e muito no controle glicêmico dela e na minha tranquilidade, pois a bomba acusa quando a Catarina está com hiperglicemia e suspende na previsão de hipoglicemia. A hemoglobina da minha filha está sempre controlada.

Momento Diabetes: Você ou sua filha tem vergonha de falar sobre diabetes?
Ana Célia Frolini: De jeito nenhum! A Catarina não tem o menor problema em falar do seu diagnóstico. Pelo contrário, ela dá um show quando perguntam sobre o diagnóstico. Tenho o maior orgulho da minha filha, pois ela saiu do hospital se aplicando insulina e quando mudou de terapia para a bomba, não foi diferente. Aplicação do cateter, do sensor, ela faz tudo sozinha.

Momento Diabetes: Quais os maiores desafios do tratamento?
Ana Célia Frolini: Os desafios são diários. Estamos sempre em estado de alerta, pois o tratamento é multidisciplinar, ou seja, envolve diversas áreas. Temos a sorte de contar com profissionais competentes e amigos verdadeiros, que nos inspiram e nos ajudam no controle. Mas a maior lição que aprendi com o diagnóstico é que a vida é para ser vivida. Catarina não deixa de fazer absolutamente nada em função do seu diagnóstico. Minha filha e eu estamos mais unidas do que nunca. Temos certeza que o diabetes não nos limita, alguns ajustes são necessários para o bom convívio diário, mas não é um grande problema. Minha princesa trocou a coroa por uma bomba de insulina!

Esta entrevista faz parte da matéria “Meu filho tem diabetes” capa da edição 08 da revista Momento Diabetes (dez/2017 e jan/2018). Para adquiri-la, CLIQUE AQUI.

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