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Hora do Treino É possível ter diabetes e se tornar um atleta olímpico?

Alguns esportes exigem ao máximo do corpo dos atletas e, por esse motivo, além de foco e disciplina, eles devem adotar diferentes estratégias para evitar a grande variabilidade glicêmica.

Sarah Almeida | 23/07/2019

A atividade física traz inúmeros benefícios para a saúde e ajuda a controlar os níveis de glicemia. Mas quando o assunto é esporte de alta performance, vem logo a dúvida: será que pessoas com diabetes podem fazer exercícios nessas modalidades?

 

De acordo com Patrícia Vieira, educadora física e voluntária da ADJ Diabetes Brasil, “o exercício provoca estresse ao organismo, o que pode ser prejudicial na presença de alguma complicação relacionada ou não ao diabetes”, ou seja, com acompanhamento profissional e autocuidado na hora do praticar um esporte, é possível ter diabetes e ser um atleta de alta performance.

 

Apesar disso, alguns esportes precisam de cuidado dobrado, já que segundo a especialista é preciso entender como a glicemia reage conforme cada exercício físico, “Tanto a hiperglicemia quanto a hipoglicemia reduzem a performance do atleta. Por isso, durante os treinos, é fundamental a aferição constante da glicemia, para saber qual a melhor estratégia a ser tomada.”

 

Ela ainda chamou atenção para aqueles que fazem atividades aquáticas, pelos riscos de afogamento em uma situação de descontrole glicêmico e para as atividades de impacto, como boxe e levantamento de peso, que causam grande aumento da pressão arterial.

 

“Saber o momento certo para corrigir uma hipo ou uma hiper com reposição energética ou de líquidos, como água, isotônicos com diferentes porcentagens de carboidratos, insulina ou simplesmente esperar o estresse pré-largada passar, são cruciais para a saúde e a performance do atleta com diabetes” finalizou.

 

Em busca da medalha de ouro

Um exemplo do bom desempenho esportivo de pessoas com diabetes, é a história de Matheus Santana, de 23 anos, que chegou a disputar uma medalha de ouro nas Olimpíadas do Rio. Matheus foi diagnosticado com diabetes tipo 1 com 8 anos de idade e competiu pela primeira vez nas olimpíadas em 2016, quando tinha 20 anos.

Além dele, o nadador americano Gary Hall Jr, também é um exemplo de superação no esporte, depois de receber o diagnóstico do DM1 em 1999, um ano antes dos jogos olímpicos de Sidney, ele resolveu aliar treinamento e tratamento e conseguiu levar a medalha de ouro pelos 50 metros livres individuais.

 

O universo esportivo conta com outros atletas docinhos, como:

• Adam Morrison, jogador de basquete norte-americano
• Arthur Ashe, tenista norte-americano vencedor de Wimbledon
• Chris Dudley, jogador americano de basquete que atuou na NBA (autor da frase: “Não deixe o diabetes parar você. Não pare por causa do diabetes. Mas não deixe de tomar conta de si mesmo.”)
• Gay Hall Jr, nadador americano ganhador de dez medalhas olímpicas
• Ham Richardson, tenista americano
• Joe Frazier, pugilista norte-americano, campeão mundial de boxe na categoria de pesos-pesados
• Matheus Santana, nadador brasileiro de 20 anos, competiu a primeira olimpíada na Rio 2016
• Scott Coleman, nadador americano
• Scott Dunton, surfista americano
• Sean Busby, campeão de snowboard (tipo de surfe na neve)
• Steven Redgrave, remador britânico, ganhador de cinco medalhas de ouro em cinco edições consecutivas dos Jogos Olímpicos.

 

Texto adaptado por Sarah Almeida

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