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Notícias Adeus constrangimento na hora de aplicar insulina

Mães contam como encaram os olhares alheios e superam o medo de aplicar insulina no filho em locais públicos.

Redação | 13/03/2018

Adeus constrangimento na hora de aplicar insulina

A paranaense Andresa Mota, 30 anos, não conhecia ninguém com diabetes até receber, em 2015, o diagnóstico da pequena Gabriely, de apenas 3 aninhos. Sem uma referência familiar ou de conhecidos próximos, ela associava a doença apenas a pessoas com idade avançada e jamais tinha imaginado que poderia aparecer em crianças. Depois do choque inicial, a autônoma mergulhou na internet em busca de respostas. Leu tudo o que podia sobre os sintomas, formas de tratamento, alimentação… Conversou com médicos e outros profissionais de saúde, aprendeu a usar seringa e caneta para aplicar insulina e ficou amiga dos aparelhos de medir a glicemia.

Mas neste novo universo, Andresa ainda teve que encarar outra dura realidade: lidar com os olhares alheios quando fazia a aplicação no restaurante ou no meio do shopping, por exemplo. “O diabetes ainda é tabu para muita gente por não ser uma doença tão divulgada. E se uma pessoa que não conhece ou não convive com alguém que tem diabetes vê você aplicando insulina em uma criança pensa que é uma injeção e acha, no mínimo, estranho. Algumas até te olham de forma meio agressiva”, diz. “Por isso, no começo, eu ficava constrangida de aplicar insulina na minha filha em público. Já percebi pessoas apontando o dedo em nossa direção, incomodadas com a situação, e flagrei outras fazendo comentários com alguém do lado”, desabafa.

Se já é difícil para uma mãe aceitar o diagnóstico e todas as mudanças que uma doença crônica como o diabetes impõe, suportar situações como esta só aumentam o desafio. “Então, eu preferia levar minha filha para um local mais reservado, como o banheiro, a fim de evitar este tipo de cena.” Porém, conforme o tempo foi passando, Andresa se aprofundou no assunto, conheceu outras mães que viviam as mesmas dificuldades que ela e compreendeu que não deveria haver vergonha nenhuma em um ato de amor como esse – o de cuidar de uma das pessoinhas que ela mais ama no mundo. “Agora eu meço a glicemia da minha filha e aplico insulina em qualquer lugar, independentemente dos olhares alheios. O tratamento dela está acima de qualquer constrangimento ou embaraço, e não preciso me dar ao trabalho de sair do local onde estou para cuidar da  saúde da minha pequena”, afirma.

Menos dor, mais conforto

A arquiteta Leila Bonjardim Santos (na foto com a filha), de Açailândia, no Maranhão, ainda está trilhando o caminho da superação. Para ela, uma das grandes dificuldades era presenciar o sofrimento da filha Yasmim Santos Calixto de Oliveira, de 11 anos, na hora da aplicação. Até conhecer a agulha menor, de 4 milímetros, Leila segurava o choro. “Todas as vezes que minha filha aplicava insulina com as agulhas maiores, ela chorava e reclamava de dor. Eu saía de perto dela para chorar, pois era uma tortura. Quando descobrimos a caneta e começamos a usar a agulha pequena, nossa vida melhorou 90%”, comemora. “Também já tive receio de aplicar na frente dos outros, porque as pessoas ficam olhando e isso incomoda bastante”, confessa Leila.

O exemplo de motivação e garra vêm da própria filha, diagnosticada em setembro de 2016. A adolescente tira de letra e se cuida direitinho, segundo a mãe. “Minha filha nunca teve vergonha de aplicar insulina perto de ninguém. Por ser mais desinibida e saber que isso é o melhor para ela hoje, a Yasmim faz a contagem de carboidratos antes das refeições e toma insulina para corrigir, se for preciso”, conta a arquiteta, que interrompeu a carreira para acompanhar de perto o tratamento da garota.

“Essa postura dela me dá forças e me motiva a continuar pesquisando cada vez mais sobre o diabetes, pois sei também que ela não aceitou a doença 100%. Percebo isso no comportamento dela, quando fica triste, por exemplo, porque quer comer algo e não pode. Mas, assim como as agulhas menores facilitaram a adesão ao tratamento, acredito que outras tecnologias também poderão ajudar até a cura chegar”, conclui Leila.

 


 

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