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Insulina Realidade: primeiro lote de insulina glargina é produzida na fábrica de MG

Primeiro lote de insulina glargina produzida em fábrica mineira já começou a ser distribuída nas farmácias brasileiras.

Momento Diabetes | 02/10/2024

Por Priscila Horvat*

A comunidade de pessoas com diabetes no Brasil tem algo a comemorar: o primeiro lote de insulina glargina com 350 mil carpules (refis) e 70 mil unidades de canetas descartáveis foi produzido na fábrica inaugurada pela Biomm em abril deste ano, em Nova Lima (MG). A produção desse lote de insulina foi finalizada em agosto, mês que também marcou o início da distribuição do material nas farmácias.

A insulina glargina (Glargilin) é um medicamento biológico utilizado no tratamento de diabetes. Com duração de até 24 horas, ela é aplicada apenas uma vez ao dia, oferecendo um estilo de vida mais flexível aos pacientes, que não precisam ter as refeições diárias em horários pré-estabelecidos, seguindo uma rotina rígida de acordo com as orientações médicas. A medicação também é eficaz na redução dos quadros de hipoglicemia.

“A quantidade inicial de Glargilin produzida pela Biomm consiste em aproximadamente 350 mil carpules (refis) e 70 mil unidades de canetas descartáveis. Já no primeiro lote a empresa poderá beneficiar, através do acesso e qualidade, milhares de pacientes que convivem com diabetes no Brasil”, disse Francisco Freitas, diretor de Operações da Biomm.

Essa quantidade na produção só é possível graças à infraestrutura da Biomm, que possui 12 mil metros quadrados de área com utilização de tecnologia de ponta. Segundo informações da empresa, a Glargilin passou a representar 27% do mercado nacional de insulina glargina no segundo trimestre do ano, motivado principalmente pelas vendas no mercado privado.

Investimentos em saúde

Com investimentos de R$ 800 milhões, a unidade da fábrica mineira foi projetada para atender às mais altas normas de qualidade e terá capacidade para suprir a demanda nacional desta insulina, favorecendo o acesso dos pacientes com diabetes ao tratamento. “A fábrica tem capacidade para atender cerca de 80% da demanda nacional. A nossa unidade fabril, em Minas Gerais, é capaz de produzir 20 milhões de unidades de carpules por ano”, afirma o executivo. “Além disso, a fábrica também tem capacidade para produzir para 20 milhões de frascos para outros biomedicamentos como, por exemplo, a insulina humana recombinante”.

A insulina glargina, em sua versão importada, já é distribuída no Brasil desde 2021. Atualmente ela é a marca mais prescrita no mercado público dentre as insulinas glargina.

A produção nacional da glargina faz parte de um conjunto de iniciativas que tem como objetivo retomar a produção de insumos estratégicos para o setor farmacêutico em prol da independência nacional no tratamento de uma das doenças que mais cresce no mundo.

Assim como qualquer comparação entre produto nacional e importado, a primeira diferença entre os itens é o valor, que passa a ser mais acessível. Freitas explica que a produção brasileira foi planejada justamente para garantir o potencial acesso do medicamento, uma vez que o Brasil é um dos países com a maior incidência de diabetes no mundo, motivo que faz a autossuficiência do setor ser essencial no País.

Vale lembrar que, de acordo com o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), O Brasil tem cerca de 20 milhões de pessoas com diabetes, o que significa que 10,2% da população é acometida pela comorbidade.

“Com essa alta demanda, é fundamental garantir o fornecimento do produto para manter o tratamento e qualidade de vida das pessoas com diabetes”, finaliza o executivo da Biomm.


*Priscila Horvat é jornalista com foco em saúde e integra a equipe da Momento Diabetes.

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