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Caroline Naumann O pior número que existe

Como acabar com o peso negativo e a ideia de fracasso diante de um teste de glicemia fora do esperado? Caroline Naumann tem 29 anos, 16 deles […]

| 23/01/2018

O pior número que existe

Como acabar com o peso negativo e a ideia de fracasso diante de um teste de glicemia fora do esperado?

Caroline Naumann tem 29 anos, 16 deles convivendo com diabetes. Criou o blog Ao Trabalho para superar o diagnóstico e descobre, a cada dia, um novo jeito de encarar as coisas.

Eu já menti sobre o resultado da glicemia. Já disse que tinha medido sem nem ter chegado perto do glicosímetro, já “perdi” o aparelho para não ter que mostrar os dados no consultório. Já inventei diários, já pedi dedos amigos emprestados para furar, já alterei os resultados. Já arranquei sensor no primeiro alerta, já deixei de calibrar para não formar o gráfico. Já fiz de tudo para não ter que encarar minha realidade.

Ver a descompensação significava, para mim, ter que escancarar o meu fracasso. Naquele momento, os números fora da meta eram um reforço negativo, uma prova viva de que eu não conseguia controlar a situação. Dói demais conviver com “alguém” que fica o tempo todo dedurando sua derrota.

Será que é por isso que a maioria das pessoas não gosta de medir a glicemia? Será esse sentimento de impotência que atrapalha e atrasa a adoção de medidores flash e monitorização contínua de glicose?

Precisamos rever nossos estímulos e reforços diante dos resultados glicêmicos. Da mesma forma que o descontrole exposto dessa maneira incomoda, números bons e gráficos retos incentivam a seguir em frente. O pior resultado, na verdade, é aquele que você desconhece, é aquele que você não vê.

Como desmistificar esses sentimentos em relação aos números fora da meta? Como incentivar a medição, o acompanhamento e, se necessário, a atitude em relação aos resultados? Como tirar esse peso e a ideia de fracasso diante da informação mais importante para o tratamento do diabetes?

Precisamos medir para direcionar o tratamento. Precisamos conhecer nossos dados para tomar as atitudes certas. Acredito que o primeiro passo é a aceitação. Aceitar as oscilações, aceitar os erros… E você, já mediu hoje?

Este conteúdo faz parte da edição 08 da revista Momento Diabetes. Compre aqui a sua.

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