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Comportamento Ansioso eu???

***Texto escrito pela Letícia Martins, diretora de redação da revista Momento Diabetes, e publicado na edição 21. Momentos de ansiedade são supernormais: à espera do resultado de […]

Letícia Martins | 23/06/2021

***Texto escrito pela Letícia Martins, diretora de redação da revista Momento Diabetes, e publicado na edição 21.

Momentos de ansiedade são supernormais: à espera do resultado de uma prova muito importante, prestes a começar em um novo emprego, aguardando a chegada de um filho. Você certamente pode se lembrar de algum caso recente em que ficou ansioso na expectativa de que algo acontecesse, tanto em situações de extrema alegria quanto à espreita de um perigo. A ansiedade é uma manifestação fisiológica do ser humano, como explica o médico psiquiatra Alexandre Leal Laux, de Curitiba (PR): “Nesses momentos, o objetivo da ansiedade é desencadear diversas reações em nosso corpo e cérebro para que a gente se adapte e enfrente a situação”.

Mas e quando perdemos o controle da situação e a ansiedade assume as rédeas? “A ansiedade não é necessariamente uma vilã.

Ela nos protege e nos move. A questão é quando se torna demasiada e sem sentido ou direção”, esclarece a psicóloga e psicanalista Raquel Pilotto, do Centro de Diabetes Rio de Janeiro (CDRJ).

Durante um longo tempo, a pedagoga Giovanna Munhoz, de 25 anos, sofreu por antecipação. “Eu ficava imaginando como aquela situação poderia terminar e sempre pensava no pior. Graças a Deus, na maioria das vezes, acabava tudo bem, mas essa ansiedade já me atrapalhou bastante e até me limitou”, relata a pedagoga, que descobriu o diabetes tipo 1 (DM1) aos 11 anos e sentiu o impacto da ansiedade no controle glicêmico. “Eu morria de medo de ter uma hipoglicemia e entrei numa neura de ficar medindo a glicemia. A recomendação do médico era para fazer seis pontas de dedo por dia, mas eu fazia o dobro devido à insegurança”, admite.

Para evitar as hipos, ela deixava a taxa de açúcar no sangue mais alta, sem se dar conta do risco das complicações graves que estava correndo. “Na minha cabeça, uma glicemia de 250 estava ok. Acreditava que era um resultado seguro. Mesmo com as orientações da minha mãe, eu sempre diminuía a quantidade de insulina que tinha que tomar para corrigir, só que eu não percebia que estava agindo de forma errada, pois estava ansiosa demais.”

Aos 16 anos, Giovanna desenvolveu síndrome do pânico. “Tinha medo de sair sozinha, sem a companhia de alguém que soubesse sobre o meu diabetes. Ficava pensando que se eu passasse mal na rua, ninguém iria conseguir me acudir”, relata. A jovem tomava medicamento para controlar a ansiedade, mas sentia que não era suficiente. “As doses do remédio eram cada vez mais altas. Cheguei num estado tão crítico, que não sentia mais emoções. Minha reação era a mesma tanto para a felicidade quanto para a tristeza. Aquilo já estava me incomodando até que comecei a passar mal do estômago por causa do remédio”, lembra. Foi aí que ela resolveu procurar a ajuda de uma psicanalista com experiência em tratar pessoas com diabetes e as coisas começaram a mudar para melhor.

Leia mais da matéria na edição 21 da Momento Diabetes.

Fonte: Revista Momento Diabetes nº 21. Confira na nossa loja virtual.

 

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