A edição 6 da Momento Diabetes teve motivos para comemorar: além de sido o aniversário da revista, ela está recheada de histórias inspiradoras de pessoas que encaram o diabetes com otimismo e determinação.
Motivados pelo nosso 1º Encontro Momento Diabetes, que acontece dia 11 de novembro em São Paulo, trouxemos esses depoimentos para levantar a necessidade de discutir tratamentos e tecnologias em diabetes, sobretudo tipo 1.
A bebê: Maria Paula Marafante Barbosa (entrevista feita com a mãe Paula Marafante Barbosa).
- Idade: 2 anos e 4 meses
- Tempo de diagnóstico: 1 ano e 4 meses de DM1
- Tratamento: Insulina Humalog Lispro
- Esportes: Natação duas vezes por semana.
- Comida que mais ama: Melancia e queijo
- Deixou de comer algo? Não, pois sua alimentação sempre foi muito saudável. Ela nunca havia comido doce e até hoje não é acostumada.
- Como descobriu o diabetes? Após cinco dias urinando muito e bebendo bastante água, percebemos uma alteração na respiração da nossa filha e a levamos ao médico. Ela estava desidratada e com 620 mg/dl de glicemia. Ficou internada durante quatro dias com cetoacidose.
- Maior desafio: A maior dificuldade é com a disciplina de alimentação. Porém, conto muito com a ajuda da minha sogra, que fica com a Maria quando vou trabalhar.
- O diabetes mudou a sua vida? Com certeza mudou muito a vida da nossa família. Nossa alimentação está mais saudável, aprendemos a valorizar mais a vida e entendemos que, no fundo, o diabetes é apenas uma condição que não impedirá nossa filha de realizar o que deseja.
- O diabetes para mim é… Como mãe-pâncreas, um norte de vida, para que possamos caminhar sempre no sentido correto mesmo com todas as adversidades que surgem.
A criança: Júlia Manzano Zardi
- Idade: 7 anos
- Tempo de diagnóstico: DM 1 há 5 anos e 3 meses
- Tratamento: Bomba de insulina Medtronic VEO com sensor minilink e insulina Apidra
- Esportes: Natação e aula de educação física na escola duas vezes por semana.
- Comida que mais ama: Macarrão, iogurte, uva, melancia e chocolate
- Deixou de comer algo? Não. Meus pais deixam eu comer de tudo, mas sem exageros, e a gente marca os carboidratos na bombinha.
- Como descobriu o diabetes? (Resposta do pai, Eduardo Zardi) A Júlia tinha apenas 1 ano e meio quando os primeiros sintomas apareceram. Fazia xixi demais, mas como estava na época de desfraldar, não ficamos muito preocupados. Ela comia e bebia muito, mas também achávamos que era algo bom. Quando começou a ficar molinha e dormindo demais, decidimos levá-la ao hospital. O exame de sangue detectou 830 mg/dL. A Júlia ficou um dia na UTI e mais uma semana no hospital para aprendermos a aplicar insulina.
- Maior desafio: Trocar o sensor dói.
- Depoimento do pai: Para mim é acertar o controle.
- O diabetes mudou a sua vida? Me ensinou a mexer na bombinha direito.
- O diabetes para mim é… Importante, porque tem que cuidar direito, não pode fazer coisa errada, porque senão eu posso passar mal.
A blogueira: Caroline nauMann
- Idade: 29 anos
- Profissão: Relações públicas
- Tempo de diagnóstico: DM 1 há 16 anos
- Tratamento: Bomba de insulina (MiniMed 640G)
- Esportes: Treinamento funcional duas vezes por semana.
- Comida que mais ama: Amo comer de tudo!
- Deixou de comer algo? Apenas deixei de tomar refrigerante normal, pois os carboidratos não compensam.
- Como descobriu o diabetes? Eu estava curtindo o carnaval no Rio de Janeiro, na véspera do meu aniversário. Estava muito magra, sentia muita fome e sede, e ia várias vezes ao banheiro, além do suor excessivo. Acreditávamos que jogar basquete justificava o cenário. Em casa, folheei uma revista cuja capa era: “Diabetes – sintomas”. A matéria me descrevia.
- Maior desafio: A pior parte é o tempo que o diabetes toma e como afeta minha confiança e minha autoestima. É a consequência de tentar tanto, todos os dias, sem uma pausa sequer. A parte mais difícil é fazer tudo igual, do jeito certo, mas obter resultados diferentes.
- O diabetes mudou a sua vida? Aprendi que, na verdade, é só você contra você mesmo. De que lado você está?
- O diabetes para mim é… Uma chance de fazer diferente todos os dias.
A mãe: Bianca Fiori Vendramini
- Idade: 40 anos
- Profissão: Jornalista
- Tempo de diagnóstico: 23 anos de DM 1
- Tratamento: Bomba de infusão com insulina Humalog
- Esportes: Corrida pelo menos uma vez por semana.
- Comida que mais ama: Feijoada e pudim
- Deixou de comer algo? No começo, deixei de comer todo tipo de doce. Hoje como de tudo, só evito refrigerantes e sucos “normais”. Durante minhas duas gestações também fiz um regime mais severo por medo de ter complicações para as bebês.
- Como descobriu o diabetes? Tenso! Tive todos os sintomas clássicos, até que passei muito mal comemorando com os amigos o tetracampeonato do Brasil na Copa do Mundo. Desmaiei e fui levada às pressas ao hospital. Assim que fiz os exames, o diagnóstico de diabetes foi confirmado.
- Maior desafio: Controlar o incontrolável, por exemplo, quando estou estressada e com TPM, minha glicemia fica superalta e não consigo evitar. Também tenho muito medo de um dia minhas filhas desenvolverem a doença, mas sei que isso não está no meu controle.
- O diabetes mudou a sua vida? Sim, me tornei mais responsável e consciente das minhas atitudes.
- O diabetes para mim é… meu trabalho, meu aliado que me deu amigos extremamente especiais e me ensinou a ter uma vida muito mais saudável. Como sou jornalista, procuro explicar às outras pessoas que ter diabetes não nos impede de levar uma vida normal.
Viu só? Vivência em diabetes é um tema relevante para conviver bem com a disfunção. Pensando nisso, buscamos especialistas que podem ajudar neste caminho e esclarecer dúvidas e expor tecnologias e tratamentos em diabetes no nosso 1º Encontro Momento Diabetes. Gostaríamos que comparecesse! Inscreva-se aqui!
Gostaria de ler os outros depoimentos? Compre aqui a edição 6.