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Notícias Quando a cirurgia metabólica é indicada em pacientes com diabetes tipo 2?

***Texto escrito pela Letícia Martins, diretora de redação da revista Momento Diabetes, e publicado na edição 23. Quando falamos em cirurgia bariátrica, logo pensamos em redução do […]

Letícia Martins | 15/09/2021

***Texto escrito pela Letícia Martins, diretora de redação da revista Momento Diabetes, e publicado na edição 23.

Quando falamos em cirurgia bariátrica, logo pensamos em redução do peso. Mas há 15 anos, médicos vêm realizando este tipo de cirurgia em pacientes que, além da obesidade, apresentam diabetes tipo 2, e os resultados têm sido positivos.

Neste caso, a cirurgia é chamada de metabólica e seu objetivo principal é controlar o diabetes. Portanto, embora as técnicas cirúrgicas bariátricas e metabólicas possam ser as mesmas, as principais diferenças entre ambas estão na indicação da cirurgia e nos resultados desejados.

Antes de indicar um paciente com diabetes para a mesa de operação, o médico precisa analisar vários pontos, entre eles se o paciente já realizou outros tratamentos clínicos e se, mesmo seguindo a terapia recomendada, não conseguiu manter o controle glicêmico adequado, ficando por longo tempo com a hemoglobina glicada acima de 7%. Além disso, é preciso ter um índice de massa corporal (IMC) de pelo menos 30 kg/m2 (veja tabela).

O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) destaca que controlar o diabetes não é somente melhorar as taxas de glicemia. “O controle do diabetes significa também melhorar o colesterol, a hipertensão e o peso, pois todas essas variáveis fazem a diferença na quantidade de complicações a que esse paciente está exposto e, consequentemente, ao risco de mortalidade”, analisa o médico cirurgião Marcos Leão Vilas Boas.

“A cirurgia metabólica é uma opção muito segura e eficaz, mas é preciso selecionar bem o candidato. Não é uma varinha de condão que resolve miraculosamente o diabetes”, reforça Ricardo Cohen, diretor do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Ele ressalta: “O paciente precisa entender que a cirurgia não é para fazê-lo se livrar de medicamento, mas para devolver o controle glicêmico e diminuir a mortalidade causada pelas complicações do diabetes mal controlado”. Ou seja, se uma pessoa tem diabetes tipo 2 e está conseguindo manter o controle ou pode conseguir, não é o caso de indicar para a operação. No entanto, se ela não apresenta resposta satisfatória ao tratamento, pode ser beneficiada pela cirurgia metabólica.

Foi o caso do microempresário Hamilton Silva Santos, de 52 anos. Ele descobriu o diabetes tipo 2 em 2009, com a glicemia em 758 mg/dL. A rotina estressante à frente de uma microempresa na maior cidade do país, os hábitos alimentares nada saudáveis e a resistência insulínica impossibilitou o equilíbrio glicêmico.

Leia mais da matéria na edição 23 da Momento Diabetes.

Fonte: Revista Momento Diabetes nº 23. Confira na nossa loja virtual.

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