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Notícias Insulina em público? Eu aplico, sim!

Conheça histórias de quem tira de letra olhares atravessados e coloca a saúde em primeiro lugar   Desde que a insulina foi descoberta, em 1922, inúmeras pessoas […]

| 18/10/2017

Insulina em público? Eu aplico, sim!

Conheça histórias de quem tira de letra olhares atravessados e coloca a saúde em primeiro lugar

 

Desde que a insulina foi descoberta, em 1922, inúmeras pessoas com diabetes passaram a viver mais e melhor. Isso porque o hormônio facilita a entrada da glicose nas células, garantindo, assim, energia para que possamos realizar as atividades diárias.

Como o pâncreas de quem tem diabetes tipo 1 parou de produzir insulina, a própria pessoa precisa fazer esse trabalho manualmente e, em muitos casos, várias vezes ao dia. Com os acessórios disponíveis no mercado, a aplicação costuma ser um processo simples e rápido. Basta checar a glicemia antes, verificar a dose de insulina necessária, preparar a seringa ou a caneta e aplicar o hormônio.

Assim que descobriu o diabetes em março de 2009, a engenheira Juliana Lessa, de 39 anos, aplica a insulina pelo menos três vezes por dia. Para essa carioca, moradora do Flamengo e apaixonada por música, é bastante natural investir alguns minutinhos do tempo para cuidar da saúde, não importa onde esteja. “Aplico insulina e meço a glicemia em qualquer lugar. Em restaurantes, aeroportos, no trabalho, em festas e até durante os ensaios e desfiles dos meus blocos de carnaval. Isso faz parte da minha rotina e faço questão de não esconder”, afirma.

Juliana nunca sentiu preconceito enquanto aplicava insulina ou checava a glicemia em lugares públicos, mas já flagrou alguns olhares curiosos e ouviu certos comentários, os quais tirou de letra. “Uma vez, viajando a trabalho, fiz uma pausa no aeroporto Santos Dumont para tomar café da manhã. Antes de comer, no entanto, apliquei insulina, sem perceber que um funcionário da empresa, com quem eu não tinha amizade, estava perto e assistia à cena. No dia seguinte, um amigo em comum me contou que esse rapaz havia me visto no aeroporto injetando alguma coisa na minha barriga e ficou muito preocupado pensando que eu estava me drogando logo cedo. Meu amigo, sabendo que tenho diabetes, tranquilizou o colega”, conta Juliana, levando tudo na esportiva.

Depois deste episódio, ela procurou o departamento responsável da empresa e se colocou à disposição para fazer ações de conscientização junto aos empregados, explicando o que é o diabetes, por que algumas pessoas precisam aplicar insulina, para que serve o glicosímetro e outros aparelhos. “Isso ajudou a derrubar alguns tabus e esclarecer dúvidas sobreo diabetes. Muita gente não conhece o tratamento do diabetes e não sabe que existem pessoas que necessitam de aplicações diárias de insulina”, diz. Juliana.

Já a estudante de enfermagem Brenda Lorrayne de oliveira, de 20 anos, levou um tempo até perder o medo de aplicar a insulina em locais públicos. “Descobri o diabetes aos dez anos e tinha receio de sofrer algum tipo de preconceito. Certa vez, passei por uma situação constrangedora na escola. Estava no banheiro aplicando insulina e uma aluna me viu e saiu correndo, assustada. Dois minutos depois, ela reapareceu acompanhada pela diretora. Ambas pensaram que eu estava me drogando na escola. A diretora foi logo dizendo que iria ligar para os meus pais”, relembra Brenda, que ficou apavorada com a reação delas. “Respirei fundo e expliquei que não estava usando droga, mas cuidando da minha saúde, pois tenho diabetes e preciso tomar insulina. Naquele momento, a diretora soltou um suspiro aliviada e me perguntou se eu poderia ir nas salas de aula para contar aos outros alunos que aquela seringa continha insulina e a aplicação era importante para a minha vida”.

Brenda começou a superar o medo e a vergonha se informando mais sobre diabetes, assistindo palestras sobre o tema e experimentando novos acessórios para aplicar a insulina. “Eu uso tanto seringa quanto caneta, mas me sinto mais confortável com as agulhas menores. Prefiro as de 5 mm, porque não causam dor e não assustam pelo tamanho”, diz. “Hoje, quando percebo que tem alguém olhando estranho para mim ou para a insulina, não fico mais apavorada. Pelo contrário, procuro explicar o que estou fazendo com a maior naturalidade”, finaliza.

 

Criado pela BD, o projeto Vivendo Bem com Diabetes tem como objetivo ajudar pessoas com diabetes a se tornarem mais saudáveis e felizes, tirando partido das mais recentes inovações no tratamento da disfunção. Saiba mais em: facebook.com/vivendobemcomdiabetesbd

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