Nesta sexta-feira, 26 de abril, será inaugurada em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte (MG), a fábrica de insulina da Biomm, farmacêutica brasileira fundada em 2001 e que produzirá a insulina glargina, um análogo de ação prolongada.
A cerimônia de inauguração contará com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e da ministra da saúde, Nísia Trindade, além de outras autoridades. A Biomm é uma empresa brasileira fundada em 2001, com mais de 20 patentes registradas e já trouxe para o país em 2021 a insulina inalável.
Até o momento, a glargina é fabricada na China e importada para o Brasil para o tratamento de pessoas com diabetes. A produção nacional deve tornar a aquisição deste tipo de insulina mais acessível financeiramente, favorecendo os pacientes que precisam aplicar o hormônio para controlar a taxa de açúcar no sangue.
“A insulina glargina tem uma ação longa com duração de 20 a 24 horas após aplicação e está aprovada e indicada para o tratamento tanto do diabetes tipo 1 quanto tipo 2”, explicou a endocrinologista Dra. Dhiãnah Santini, mestre e doutora em Endocrinologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ela analisa de forma positiva a notícia em questão: “O início da produção de insulina no País é motivo para comemorar, porque teremos insulina com menor custo, o que aumentará o acesso e, assim, mais pessoas poderão se cuidar”, completa a endocrinologista.
Ela destaca que o análogo de insulina de ação longa foi incorporado no Sistema Único de Saúde em 2019, mas ainda não está disponível nos postos de saúde. De acordo com o último relatório da Federação Internacional de Diabetes (IDF), de 2021, o Brasil tem cerca de 16 milhões de pessoas com diabetes.
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*Natalia Bortolotti é estudante do 5º semestre de jornalismo da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e está sob supervisão da editora-chefe da Momento Diabetes, Letícia Martins.
