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Parceiros Conheça mais a atuação das insulinas análogas no controle do diabetes e contribua com a consulta pública

A inclusão de insulinas análogas na lista de medicamentos fornecidos pelo SUS pode ajudar milhares de pessoas com diabetes no controle da glicemia. Confira o artigo da blogueira Vanessa Pirolo

| 26/09/2016

Conheça mais a atuação das insulinas análogas no controle do diabetes e contribua com a consulta pública

Por Vanessa Pirolo*

A ADJ Diabetes Brasil, minhas amigas Sheila Vasconcelos, Débora Aligieri e Sarah Baptista, eu e muitos outros militantes já postamos em todas as comunidades de diabetes do Facebook sobre a abertura da Consulta Pública, feita pela CONITEC, para que as pessoas possam dar sugestões e depoimento sobre as insulinas análogas. Mas por que eu e boa parte das pessoas com diabetes tipo 1 somos favoráveis a mais uma insulina na lista de remédios do Sistema Público de Saúde?

Por alguns motivos. Primeiro deles, a eficácia deste tipo de insulina é muito melhor. Vamos explicar. Quando ingerimos um alimento, ele entra na corrente sanguínea a partir de 5 minutos. Após a aplicação, insulina análoga de ação rápida começa a fazer efeito junto com o alimento, evitando os picos de glicemia alta e geralmente, quando o alimento não é muito gorduroso, após sua quebra, os carboidratos tendem a terminar de entrar na corrente sanguínea em até 2h, tempo similar ao que a insulina análoga de ação rápida termina de fazer o efeito no organismo.

Agora vamos explicar a ação da insulina Regular, que já faz parte do SUS. Ela começa a fazer efeito após 30 minutos da aplicação. Dificilmente vamos esperar meia hora antes de nos alimentarmos. Resultado, o alimento entra na corrente sanguínea, sem insulina, os carboidratos se convertem em açúcar e atingem um pico bem alto antes da ação da insulina. Além disso, a Regular tem um pico de ação entre 2h e 3h. Então o risco de você ter uma hipoglicemia, após 2h da alimentação é muito superior.

Este processo de altos e baixos, ao longo do tempo, traz inúmeras complicações. Quando a variabilidade da glicemia é muito alta, ou seja, se os valores glicêmicos variarem de 400 a 40 mg/dl no mesmo dia, como exemplo, a pessoa com diabetes estará suscetível a ter futuras complicações cardiovasculares, independentemente da idade.

Outro motivo é que os estudos, apresentados no dossiê enviado para a Conitec, mostram diminuição do número de episódio de hipoglicemias graves nos indivíduos. Lembrando que hipoglicemias graves são aquelas nas quais o paciente necessita da ajuda de outra pessoa para resolvê-la e que ainda pode culminar em convulsão, perda de consciência e morte, caso a hipoglicemia não seja identificada e tratada. Além de reduzir o número de episódios de hipoglicemia durante o sono.

Imaginem uma mãe que levanta várias vezes durante a noite para controlar a glicemia do filho para que não tenha uma hipoglicemia. Que qualidade de vida esta mãe e a criança possuem? Por meio das insulinas análogas, há redução destes episódios e mais tranquilidade para a família conviver melhor com a condição!

Preciso dizer mais alguma coisa? Acho que convenci você sobre a importância de sua contribuição. Se você tem diabetes, contribua, escrevendo sua experiência pessoal. Se você não tem diabetes, tenho a certeza de que conhece alguém que tem! Então coloque com suas palavras a argumentação acima. Ajude para que as pessoas com diabetes tenham menos complicações, menos episódios de hipoglicemia e mais controle da glicemia e, consequentemente, mais qualidade de vida! Como diz o Capitão Planeta, super herói dos desenhos animados criado nos anos 90: “O poder é de vocês”! Responda a Consulta Pública por meio do link:  http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=28118

vanessa_pirolo

*Vanessa Pirolo é jornalista, coordenadora do Programa Nacional de Jovens e Adultos com Diabetes e autora do blog Convivência com Diabetes

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