Por Priscila Horvat*
O Centro de Pesquisas Clínicas (CPclin) de São Paulo e o Centro de Diabetes Curitiba (CDC) estão com inscrições abertas para recrutar pacientes com diabetes tipo 2 (DM2) para participar de estudos que avaliar novos tratamentos para a condição.
Os medicamentos indicados para o manejo e controle do DM2 oferecidos no mercado são capazes de controlar os níveis de açúcar do sangue dos pacientes, diminuindo os riscos de complicações associadas à doença. Porém, existem alguns casos que, mesmo seguindo as indicações para o controle glicêmico correto, ainda sofrem para manter os índices adequados. Por isso, as clínicas estão em busca de novas alternativas.
Voluntários de pesquisas clínicas são acompanhados de perto por uma equipe de saúde, envolvendo um médico endocrinologista, realizam diversos exames e recebem medicamentos promissores para tratar a comorbidade sem precisar pagar nada por isso. Além desses benefícios, o voluntário ainda ajuda a promover o desenvolvimento de novas terapias que podem melhorar o quadro clínico e a qualidade de vida de muitos outros pacientes.
É importante destacar que a gratuidade da participação nas pesquisas é garantida por lei. No Brasil, a resolução nº 466 de 12 de dezembro de 2012 do Conselho Nacional de Saúde estabelece as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas e estabelece que os participantes de um estudo clínico não podem ser cobrados de forma alguma pelos tratamentos oferecidos.
A importância das pesquisas clínicas
As pesquisas clínicas são fundamentais para o avanço da medicina, afinal, é por meio delas que são desenvolvidos novos tratamentos, medicamentos e terapias, permitindo que os profissionais de saúde possam oferecer opções mais eficazes e seguras aos pacientes.
Quando uma clínica reúne um grupo de estudo, ele é dividido em algumas partes, e cada parcela recebe um tipo de medicamento e, em várias ocasiões, também podem receber placebo. Às vezes, nem o próprio profissional que acompanha o voluntário da pesquisa sabe se o que está sendo administrado é placebo ou remédio, justamente para o estudo ser o mais fiel possível, sem nenhum tipo de interferência. Essas condições controladas permitem saber exatamente qual a reação do organismo.
Vale ressaltar que essas pesquisas são rigorosamente monitoradas para garantir a segurança e o bem-estar dos participantes, o que assegura a confiabilidade dos resultados.
Como participar
A pessoa interessada em participar de uma pesquisa clínica pode fazer seu cadastro na instituição que frequenta ou associações de apoio a pessoas com diabetes, por exemplo, ou diretamente nas clínicas especializadas. Quando houver a abertura de uma nova pesquisa que se encaixe com o perfil do interessado, a clínica entra em contato para oficializar o convite.
Ao preencher os requisitos e aceitar ser parte do estudo, o voluntário precisa responder algumas informações sobre seu estado de saúde, histórico médico e realizar exames clínicos.
Os voluntários que participam de uma pesquisa clínica não precisam interromper o acompanhamento que já estava em curso com seu médico de confiança. Nesses casos, a recomendação é que o paciente informe o profissional de saúde para manter todos os esclarecimentos.
Nos casos de voluntários que já realizam acompanhamento médico, é importante continuar seguindo as recomendações de cuidados para garantir a saúde e o bem-estar. Um ponto positivo nesses casos é que o participante poderá compartilhar seus resultados da pesquisa com o profissional, garantindo um atendimento de mais qualidade ainda.
Para participar das pesquisas em aberto na CPclin e no CDC, basta se cadastrar pelos links abaixo:
Centro de Pesquisas Clínicas de São Paulo (CPClin)
Estudo Diabetes Tipo 2: https://cpclin.placcopazzinidev05.com.br/estudos/
Mais informações: (11) 2630-3777
Centro de Diabetes Curitiba (CDC)
Estudo Clínico Reimagine 5, para pacientes com DM2: https://centrodediabetescuritiba.com.br/pesquisas-clinicas/
Mais informações: (41) 3023-1252
Para saber mais
Para saber mais detalhes sobre como funciona uma pesquisa clínica no Brasil, leia a matéria desse tema na seção “Bem Viver” da edição 35 da revista Momento Diabetes. Clique aqui para acessar gratuitamente.
*Priscila Horvat é jornalista com foco em saúde e integra a equipe da Momento Diabetes.