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Crianças Benefícios do brinquedo terapêutico

***Texto escrito pela Fabiana Grillo, colaboradora da revista Momento Diabetes, e publicado na edição 23. É por meio da diversão que os pequenos estabelecem uma conexão entre o mundo […]

Fabiana Grillo | 17/09/2021

***Texto escrito pela Fabiana Grillo, colaboradora da revista Momento Diabetes, e publicado na edição 23.

É por meio da diversão que os pequenos estabelecem uma conexão entre o mundo imaginário e o real. Mas, afinal, qual é a relação disso tudo com o diabetes?

Em fevereiro de 2020, a revista científica Journal of Pediatric Nursing publicou um artigo sobre o uso de certas brincadeiras para facilitar o entendimento do diabetes em crianças e adolescentes. “Embora essa estratégia lúdica já seja empregada na enfermagem pediátrica brasileira desde a década de 1990, ainda há poucos trabalhos científicos no universo do diabetes. Por isso, só temos motivos para comemorar o resultado desse trabalho, que mostrou os benefícios do brinquedo terapêutico”, explica Rebecca Ortiz La Banca, autora do estudo e pesquisadora do Joslin Diabetes Center (Centro de Diabetes da Escola de Medicina de Harvard).

Na explicação de Rebecca, que também é enfermeira pediátrica e educadora em diabetes, o brinquedo terapêutico não é um tipo específico de boneco, como os brinquedos pedagógicos destinados para cada faixa etária. “Dependendo da idade, o brinquedo, como a boneca ou o ursinho de pelúcia, pode ser um facilitador na comunicação com a criança. Entretanto, a estratégia do brinquedo terapêutico é utilizar um recurso lúdico para abordar um assunto complexo. É uma maneira de dar voz para as crianças se expressarem”.

Para a psicóloga Guacyra Guaranha, atividades lúdicas, contação de histórias, leituras, brincadeiras simbólicas e jogos temáticos facilitam a compreensão não só do diagnóstico de uma doença crônica na infância como também o reconhecimento corporal, contribuindo de forma positiva para a aquisição de conhecimento.

“O brincar terapêutico deve ser considerado algo mais que um passatempo. Ele é capaz de capacitar e motivar a criança para fazer escolhas adequadas em diversas situações”, afirma Guacyra.

Christopher de Assis tem 10 anos de idade, mora com a família em Atibaia, interior de São Paulo, e descobriu o diabetes tipo 1 em 2018. Ao contrário de muitas crianças de sua idade, as picadas diárias não foram o principal desafio trazido pelo diagnóstico. “No começo, minha mãe aplicava a insulina em mim, mas quando eu aprendi, só conseguia tomar na barriga, porque tinha medo de fazer alguma coisa errada. Eu também tinha vergonha de usar a insulina e fazer a ponta de dedo na frente das pessoas”, conta.

Para facilitar o entendimento sobre a importância de fazer o rodízio dos locais de aplicação, a mãe Roberta de Assis, de 38 anos, e a irmã Stephanie de Assis, de 22 anos, tiveram a ideia de utilizar um recurso lúdico para demonstrar os cuidados que Chris deveria ter com o diabetes.

“Percebemos que a barriga dele estava ficando rígida. Foi então que recorremos ao boneco para mostrar os locais que ele poderia fazer a aplicação, além da barriga”, revela a mãe. Desde então, o garoto sente segurança de aplicar a insulina nos braços e nas pernas.

Leia mais da matéria na edição 23 da Momento Diabetes.

Fonte: Revista Momento Diabetes nº 23. Confira na nossa loja virtual.

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