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Tratamento Os perigos de uma simples ferida nos pés de quem tem diabetes

Examinar os pés todos os dias e procurar atendimento assim que notar alguma ferida pode evitar complicações no futuro. “Descobri que existem hábitos simples de se prevenir […]

Letícia Martins | 28/06/2022

Examinar os pés todos os dias e procurar atendimento assim que notar alguma ferida pode evitar complicações no futuro.

“Descobri que existem hábitos simples de se prevenir problemas sérios”. Essa frase foi dita pela advogada Maria Eloísa Malieri, que tem diabetes tipo 1 há 36 anos e desenvolveu, ao longo da vida, algumas feridas nos pés, que inicialmente eram pequenas e tratáveis. Mas ela jamais imaginou que aqueles machucados recorrentes poderiam virar um problemão.

“Uma dessas feridas apareceu no quarto dedo do meu pé direito e chamou bastante minha atenção, pois ela não ia embora de jeito nenhum. Fui ao médico, que explico que a solução era ressecar o osso ou usar uma palmilha especial, mas não identificou a causa nem perguntou se eu tinha algum grau de neuropatia diabética”, conta Elô, conhecida nas redes sociais por seu perfil chamado Elô e Bete.

Ela continua: “Naquela época, eu era meio rebelde e decidi logo pela primeira opção. O dedo ficou melhor e a tal ferida nunca mais apareceu. Continuei usando sapato de salto alto e bico fino. Achava lindo e não sabia o quanto isso era prejudicial para a saúde dos meus pés. Até que um dia apareceu uma ferida no tornozelo”, lembra .

Como a ferida não fechava e ela procurou novamente o cirurgião vascular para iniciar o tratamento. O problema disso tudo, Eloísa identificaria lá na frente, é que a ferida era tratada, mas a causa dela nunca havia sido identificada. Por isso, o ferimento voltava. Quando estava grávida de quatro meses, Eloísa foi caminhar no clube com a mãe e ambas pararam para descansar. Ao tirar o tênis, ela notou que uma parte da meia estava molhada devido à uma bolha que havia estourado embaixo do dedinho. “Minha atenção estava focada na gravidez, porque eu já havia perdido um filho e, por isso, vivia um momento de muita expectativa e ao mesmo tempo angústia. Como eu não sentia dor nos pés, cuidei daquela nova ferida apenas com curativos”, explica a advogada.

A situação continuou

Depois que a filha nasceu, o pé de Eloísa começou a mostrar sinais de infecção e ela foi parar no pronto-socorro. Ficou um mês internada, fez cinco cirurgias e meses de fisioterapia para tratar uma úlcera plantar. O processo do pós-operatório foi lento, doloroso e cheio de culpa.

Algum tempo depois, Eloísa também foi diagnosticada com neuroartropatia de Charcot, ou mais popularmente conhecida como pé de Charcot, uma deformidade nos ossos e articulações dos pés com neuropatia, que afeta a estrutura e a arquitetura dos ossos, apresentando danos nas articulações, luxação e subluxação. Trata-se de uma complicação importante e complexa do diabetes. “Tudo isso mudou a minha vida. Hoje não uso qualquer sapato, pois sei que poucas horas de elegância podem me deixar sequelas. Também cuido da minha glicemia e falo para todas as pessoas com diabetes que conheço: por menor que seja a ferida, procure ajuda médica e investigue a origem dela”.

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Fonte: Revista Momento Diabetes nº 32.

***Texto escrito pela Letícia Martins, diretora de redação da revista Momento Diabetes, e publicado na edição 32.

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